sexta-feira, 17 de maio de 2013

Que Olhar


Poema de Santo Agostinho

“Tarde te amei, ó beleza tão antiga e sempre nova!
Tarde demais eu te amei!
Eis que habitavas dentro de mim e eu te procurava do lado de fora!

Eu, disforme, lançava-me sobre as belas formas das tuas criaturas.

Estavas comigo, mas eu não estava contigo.
Retinham-me longe de ti as tuas criaturas, que não existiriam se em ti não existissem.

Tu me chamaste e teu grito rompeu minha surdez.
Fulguraste e brilhastes a tua luz afugentou a minha cegueira.

Espargistes tua fragrância e, respirando-a, suspirei por ti.

Eu te saboreei,e agora estou ardendo no desejo de tua paz.”

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